sexta-feira, 24 de setembro de 2010

IN-consciência

"Se a lucidez é a maior conquista do Homem, ela é também a sua maior tragédia", referiu o psiquiatra Pio Abreu no seu livro «Como se tornar doente mental».

Damásio - sempre complexo, original e controverso - no seu novo «Livro da Consciência» - Fernando Pessoa diria «Livro do Desasossego» - avança com novas ideias científicas acerca do processo de evolução e construção da nossa tão humana, tão especializada, tão prodigiosa quanto terrível ... consciência.

"Que sei eu que abrande
meu anseio fundo
 ó céu real e grande
não saber o modo
 de pensar o mundo" F.Pessoa

Segundo Damásio ... Tudo isto à custa do nosso córtex postero-medial e, pasmem-se: do tálamo! Aqui está uma das sugestões inovadoras do autor (baseada numa década de investigação científica): a atribuição de um papel fundamental ao sub-córtex em todo este processo inerente à consciência.

Para saberem mais sobre o novo livro, é só ler este fantástico artigo do jornal Público - que me permitiu escrever este texto:  http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=265790 

[De: A.G.]

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Vida - Uma questão de perspectiva


Escrevo pela primeira vez, aqui..


À luz da minha sombra relembro todo o estímulo intelectual e vivencial que me acompanhou nestes últimos meses - os dias e a sua contagem são um delírio, aquele a que chamamos tempo.


Hoje quero escrever sobre o fatídico momento que todos temem ou esperam ou adiam ou esquecem. O que atormenta o Eu, em momentos mais dramáticos. Aquele que o nosso (Super)Ego nos vai (re)lembrando à justa medida dos acontecimentos. Pois bem, a Morte. Porquê estigmatizar esta palavra?


Saramago em «As Intermitências da Morte» relembra-nos, com o seu humor subtil e sarcástico, a extrema necessidade da Morte - ao nível económico, social e vivencial. Que seria do Estado? E da Igreja? E até ... das agências funerárias, e das agências de seguros ... Dos hospitais claro ... E, já agora, das PESSOAS? Sim ... Que seria de nós se amanhã mais ninguém morresse. Se a vida se suspendesse para todo o sempre irremediavelmente?


Em «Património», Philip Roth fala-nos, conta-nos e remete-nos a reflectir sobre o processo doloroso que pode ser a morte (dos outros). Mas também como ela nos confronta com os nossos abismos existenciais. Como ela nos ensina a nostalgia do viver. Como ela nos ensina a olhar humanamente para o passado, presente e futuro. Como ela é terrível. Como ela é natural. Como ela é destrutiva. Como ela é construtiva.


Em «Sete Palmos de Terra» - maravilhosa série televisiva - percebemos todas estas subtilezas do grande dia. Como somos tão pouco, tão frágeis, tão Nada! Mas também como podemos ser intemporais e grandiosos. Como podemos ser maus e bons simultaneamente, a cada dia que passa. Como a morte pode ser (in)justa, cruel, (in)dolor. Como a morte é tão natural como viver. Como ela é fascinante. Como é necessário libertar-nos de todas as máscaras a que nos gostamos de aprisionar. Como é urgente sentir, sentir tudo exponencialmente. Viver, viver, viver. Para, num ano, num mês, numa semana, num dia, numa hora, num minuto, num segundo precisamente nesse segundo ... morrer.


Ficam as minhas sugestões!


P.S.: Para a próxima vou esforçar-me para cumprir o magnânimo Acordo Ortográfico



["Temam menos a morte e mais a vida insuficiente", Brecht]

[De: A.G.] 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"6 BILIÕES COMO TU"

Simplesmente humanamente a nós comuns!
...de resto uma panóplia de diferenças...
diferentes perspectivas...imagens...culturas...
...um mar de pensamentos descritos em palavras...
que nos fazem viajar pelos 4 cantos do mundo,
permitindo-nos estacionar no nosso mundo interior
e reflectir...qual seria a nossa resposta?


  











 http://www.6milliardsdautres.org/




Perspectivas estas que podem ser apreciadas com tradução em Português na RTP 2!Em horário ou frequência, infelizmente, por mim desconhecidos!


 Descubram-nas... vale a pena!


*Andreia.S